Consumidores poderão financiar equipamentos de energia solar (Entrevista Renato Bossolan)

São Paulo é o terceiro estado do país que mais produz energia solar

A produção de energia solar ainda é pequena: representa menos de 1% de toda a matriz energética do país. Hoje, o país tem 30 mil sistemas de energia solar instalados. Deste número, 77% estão em residências. São Paulo é o terceiro estado do país que mais produz energia solar.

Mas a partir de agora, consumidores vão ter acesso a financiamento para investir nesse sistema. Até 80% do valor de instalação dos painéis poderá ser financiado. O empréstimo será feito pelo BNDES, através dos bancos públicos, para pessoas físicas, empresas ou prefeituras. Os juros não passam de 4,55% ao ano.

Fonte: Tv Brasil

Energia solar impulsiona geração distribuída no estado de são paulo

A geração distribuída (GD) de energia elétrica, modalidade criada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) através de sua Resolução Normativa Nº 482, de 2012, é aquela em que a geração é feita próxima ou no próprio local de consumo.

Ou seja, são os sistemas geradores instalados nas casas e empresas do país e que, em relação a energia solar, representam os sistemas fotovoltaicos, sendo, entre as fontes incentivadas, a que mais se espalha pelo Brasil, e também no mundo.

Desde que foi criada, a resolução permitiu aos consumidores instalarem os seus sistemas geradores e conectá-los a rede elétrica, fazendo a troca da energia com a mesma e sendo compensados por toda energia gerada e injetada na rede.

Essa modalidade, que já ocorre em outros países, apresenta enormes benefícios não só para os consumidores, que ganham segurança no fornecimento de sua energia e economia na conta de luz, mas também para o próprio setor elétrico, que tem os gastos e perdas com linhas de transmissão reduzidos, além da diversificação de sua matriz energética através de fontes limpas e que reduzem a emissão de gases poluentes.

No panorama da geração distribuída, hoje, segundo dados da ANEEL, já são mais 12 mil consumidores que geram a sua própria energia e, destes, 99% usam a energia solar como fonte geradora. Podemos dizer, então, que o panorama da GD é na verdade o panorama da Energia Solar no Brasil.

Entre os Estados com maior número de sistemas fotovoltaicos instalados, São Paulo ocupa, atualmente, a segunda posição, com 2.507 unidades geradoras, perdendo apenas para Minas Gerais, com 2.648.

Essa diferença, no entanto, vem se estreitando rápido, com São Paulo registrando 1.105 conexões no primeiro semestre deste ano, ao contrário do atual líder, que teve 988 novas conexões. Ao que tudo indica, em breve o Estado paulista deverá ocupar a posição de liderança.

Solar Energizando São Paulo
Esse crescimento da energia solar em São Paulo pode ser constatado no resultado do relatório da Fundação Seade, intitulado “Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo”, que compila os anúncios de investimentos feitos em 2016.

Segundo o relatório, a quantidade de recursos financeiros destinados a empreendimentos de energia solar no Estado naquele ano, em especial no segmento de geração distribuída, foi grande. E, de acordo com os anúncios captados no início de 2017, a tendência continua.

Os projetos de energia solar apontados como destaque no relatório foram a instalação de sistemas fotovoltaicos em 200 casas da cidade de Campinas; a implantação do Data Center da Algar Tech e do Hospital Cento Infantil Boldrini; e a instalação de uma usina fotovoltaica no campus universitário da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação, em Lins, todas realizadas pela distribuidora CPFL Energia.

Além destes, também ganhou destaque a instalação feita pela Enel na sede da empresa Mercado Livre, em Osasco, a qual conta com 2 mil módulos fotovoltaicos, que geram 700 megawatts-hora ao ano e constituem a maior usina solar em telhado do Brasil.

A instalação de montadoras de placas solares em Campinas, Valinhos e em Sorocaba, assim como uma fábrica de inversores, também em Sorocaba, foram destacados como os investimentos em cadeia produtiva feitos no Estado.

Campinas é a cidade do Estado com maior número de sistemas instalados, com 471 conexões, ou 16,7% do total estadual, seguida por São Paulo, com 195; São José do Rio Preto, com 86; Ribeirão Preto, com 62; Moji-Mirim, com 55; Bauru, com 50; Indaiatuba, com 49; Sorocaba, com 46 e Valinhos, com 40, além de outros 263 municípios.

Já entre as distribuidoras de energia que atendem o Estado, a CPFL Paulista abocanha a maior parte das instalações, com 46,4% do total, ou 1.158 conexões, seguida pela Elektro, com 436 conexões; AES Eletropaulo, com 286 conexões e CPFL Piratininga, com 257 conexões.

Seguindo a tendência do país, em São Paulo são os consumidores residenciais que mais investem na geração própria de energia, com 1.987 deles, representando uma potência de 7.678,3 KW.

Crescimento Através da Solar
Todos esses investimentos são o reflexo de um crescimento do setor solar que ocorre no Estado, assim como no resto do país, e que representam ótimas oportunidades de negócios, emprego e renda para quem aposta nesse mercado.

Muitas empresas da cadeia produtiva já operam em São Paulo, entre montadoras de painéis solares, inversores e outros componentes do kit de geração solar, como estruturas de suporte das placas fotovoltaicas, cabos, trackers (rastreadores que acompanham o movimento do sol) e medidores bidirecionais de carga elétrica.

Várias empresas que fornecem os serviços de projetos, instalação e manutenção dos sistemas fotovoltaicos também se espalham pelo Estado e os cursos de capacitação são oferecidos por elas e escolas técnicas.

Rede de franquias e Startups também começam a aparecer nesse mercado e a revolução que a energia solar vem trazendo ao setor elétrico, assim como novas tecnologias, irá abrir novos mercados e atrair novos tipos de empresas.

Além das casas, o potencial da energia solar é amplo e pode expandir e beneficiar também galpões, armazéns, estabelecimentos industriais, comerciais e na agricultura.

Com os custos da tecnologia caindo gradativamente ao longo dos anos e as várias facilidades já oferecidas para aqueles consumidores que desejam investir em sistemas solares geradores, como linhas de crédito e sistema de consórcio, a expansão da tecnologia no Estado tem tudo para continuar subindo.

Fonte de informação: Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Energia e Mineração
Fonte notícia: Blog Bluesol

Cientistas criam óculos de sol que gera energia com células solares

Um óculo de sol que consegue gerar energia elétrica através de células solares aplicadas em suas lentes, realmente, não existe limites para onde o ser humano irá conseguir levar a tecnologia solar fotovoltaica, a qual estará cada vez mais presente em nosso cotidiano no futuro.

Coloridas e semi-transparentes, as células solares presentes nas lentes são orgânicas e feitas a partir de hidrocarbonetos, de acordo com o time de cientistas do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, na Alemanha, responsáveis pelo desenvolvimento do óculo.

O intuito com esse projeto de estudo pioneiro, segundo eles, é mostrar o potencial de aplicação da tecnologia dessas células orgânicas, as quais disseram que poderia ser integrada a equipamentos eletrônicos, construções (janelas e claraboias) e outros empreendimentos que não seriam possíveis com a tecnologia fotovoltaica atual.

Acopladas a uma armação comercial tradicional, as lentes possuem 1.6 mm de espessura e pesam cerca de 6 gramas, similares ao peso das lentes tradicionais, porém com o poder de gerar 200 miliwatts de potência que, embora seja pouco para carregar aparelhos celulares, é capaz de alimentar dispositivos como aparelhos auditivos.

No entanto, essa energia gerada serve para abastecer um microprocessador e dois pequenos displays instalados nas hastes do óculo, sistema esse que mede a temperatura ambiente e a intensidade de iluminação.

Um dos maiores destaques desse óculo solar é que ele não precisa de radiação solar direta em suas lentes para gerar energia, sendo capaz de funcionar mesmo em ambientes fechados, desde que com condições luminosas favoráveis, como um escritório ou sala de estar bem iluminados.

Pensando No Futuro
De acordo com Dominik Landerer, do Centro de Pesquisa de Material para Sistemas de Energia, departamento integrante do instituto, o potencial dessas células orgânicas pode abrir um leque de aplicações para a energia solar nunca antes visto.

“O óculo de sol solar que desenvolvemos é um exemplo de como as células solares orgânicas podem ser empregadas em aplicações que não seriam viáveis com a energia fotovoltaica convencional”, disse. “Essas células solares são dispositivos muito emocionantes devido à sua flexibilidade mecânica e a oportunidade de adaptar sua cor, transparência, forma e tamanho à aplicação desejada”.

Atualmente, projetos que fazem uso da Fotovoltaica Integrada a Construção (Building Integrated PhotoVoltaics em inglês, ou BIPV) utilizam células de silício amorfo aplicadas nos vidros, porém, com essas células orgânicas atraindo a atenção de novos estudos que aumentam a sua eficiência, futuramente elas poderão estar nas fachadas dos prédios.

Quem enfatiza isso é o Dr. Alexander Colsmann, chefe do departamento de Fotovoltaica Orgânica no Instituto de Tecnologia da Luz, parte também do instituto alemão. “Como as fachadas de vidro dos edifícios altos devem ser muitas vezes sombreadas”, diz ele. “É uma opção óbvia usar módulos solares orgânicos”.

Fonte de Informação: PV Magazine

Fonte de notícia: http://blog.bluesol.com.br/cientistas-criam-oculos-de-sol-q…

Energia solar também pode ser gerada em dias nublados

O Brasil é um dos países com maior incidência solar, o que ajuda na produção de energia fotovoltaica.

Mas isso não significa que em dias nublados não aconteça este processo. Os equipamentos modernos possibilitam a geração de energia mesmo em dias nublados. Na Alemanha, líder mundial em consumo de energia solar, o inverno é muito mais intenso e a incidência de raios solares é bem menor que no Brasil.

Os painéis fotovoltaicos formam uma rede ligada ao inversor solar e recebem a energia liberada pelo sol – radiação solar –, convertendo a energia solar captada em energia elétrica. As beiras das nuvens podem funcionar como um espelho, refletindo a luz e aumentando o ângulo de incidência, chegando a uma superfície maior do painel.
O frio também pode aumentar a eficiência dos painéis, pela redução de resistência. Logo, morar em uma região onde o tempo é predominantemente frio e nublado não é impedimento para se investir em painéis fotovoltaicos.
Na última década, houve redução de 70% no valor de aquisição da energia solar. Este número gera, ainda, outro dado positivo: o tempo de retorno do investimento reduziu também em 70%. Se antes esta espera era de 25 anos, agora, ela dura, em média, oito.
“São muitas as vantagens financeiras e ambientais ao se optar pela geração de energia solar. Vivemos em um país com abundância de recursos naturais e que necessitam ser mais bem aproveitados”, afirma Gilberto Vieira Filho, presidente da Quantum Engenharia, empresa especialista em instalações fotovoltaicas.
A energia renovável é capaz de gerar cidades mais sustentáveis, com perspectivas de melhoras em mobilidade e até mesmo na qualidade do ar, já que o sistema reduz a emissão de gases de efeito estufa. Se o consumo da unidade for menor do que a energia gerada, pode ser entregue à companhia de luz e utilizada posteriormente em forma de crédito na conta de luz. A economia pode ser de até 95% nas contas de energia elétrica.

Fonte: http://www.portaldailha.com.br/noticias/lernoticia.php?id=41075